Libra

Estamos finalizando o período de Libra, signo representado pela Balança, um utensílio de origem caldéia (antiga Babilônia) cujo simbolismo místico é a Justiça. Neste ano, justamente neste período libriano, vivenciamos no Brasil um processo eleitoral onde ouvimos o termo “Justiça” ser dito por várias pessoas em diversas situações. Não é casual que tenhamos que fazer uma “escolha” nestes dias de Libra e que ainda hajam tantos “indecisos”.

Embora se negue à Astrologia o crédito de ser um conhecimento verdadeiro (sendo relegada a um campo inferior do Conhecimento pela Ciência atual) há em nossa sociedade “símbolos vivos” desta antiga e nobre ciência. Todo conhecimento cuja estrutura contém Princípios Verdadeiros permanece através das civilizações e ressurge como Símbolos de Poder nas novas sociedades, porém vão se revelar em cada Sociedade de acordo com a própria estrutura social estabelecida.

Em frente ao Supremo Tribunal Federal encontra-se a Estátua da Justiça, uma referência a mitológica Deusa da Justiça Themis. Esta Deusa traz em sua mão direita erguida uma balança e na esquerda uma espada que aponta para baixo, seus olhos estão vendados, mas tem a face erguida, seus pés estão em movimento sugerindo dar um passo adiante.

É uma bela imagem e passa uma poderosa mensagem: a Justiça é ativa! Sua atividade, porém, é um conjunto de ações: A BALANÇA é o ponderar para obter uma medida de equilíbrio. Ela está no alto, por isso tem primazia sobre as demais ações; as sobrepõe num julgamento final porque o equilíbrio é o esteio da Harmonia. Encontra-se na mão esquerda indicando que para ponderar é preciso estar receptivo a ambas as partes, os pratos da balança. A ESPADA – este é um símbolo de Áries, signo complementar a Libra. É a bravura e o poder, sua fria lâmina corta e separa. Simboliza lutar pela justiça, mas como está na mão direita e apontada para baixo é uma luta sem impor a Justiça pela força da guerra. A paz é o propósito da Justiça. UMA MULHER DE OLHOS VENDADOS – para usar a balança e a espada em conjunto é necessária a sensibilidade do universo feminino: o cuidado, a compreensão, ouvir pacientemente, considerar internamente ouvindo o coração. OS PÉS EM MOVIMENTO simbolizam que pela Justiça obtém-se Ordem, e em decorrência disto a Sociedade avança progredindo.

Nossa estátua do Supremo Tribunal Federal “A Justiça” de Alfredo Ceschiatti, reflete, como Símbolo de Poder, o senso de Justiça estabelecido na sociedade brasileira. Está sentada, de olhos vendados e a espada descansa em seu colo. A mão direita a empunha e a lâmina repousa sob a mão esquerda. Nela não há movimento. Sua mensagem: a Justiça é estática! Está muito bem acomodada, confortável em um estado já estabelecido e cristalizado. Em ambas as mãos só a espada, empunhada e pronta para a defesa ou o ataque, mas não para o consenso. Nela não há um elemento que remeta a ponderação, uma medida de equilíbrio das partes. É uma imagem centrada em seu próprio eixo, sugerindo que a medida adotada é o exercício e a continuidade do poder já estabelecido. Um dos seus pés está um pouco à frente do outro, mas parece que o movimento conjunto será de, ao levantar, já estar com a espada apontada pra alguém. E levantar-se justamente por este motivo, ou seja, é guerra ou placidez.

E assim é nossa Justiça.  Neste processo eleitoral assistimos pessoas que já atuaram de forma nociva a Sociedade se candidatarem a postos de liderança sem nenhuma cerimônia, sem estarem submetidas às Leis que asseguram o direito da outra parte – o povo – de escolher entre candidatos todos comprovadamente idôneos. Placidez! Os candidatos se acusam mutuamente sem que haja nenhum esclarecimento por parte da Justiça deixando que se crie uma “nuvem de fumaça” onde ambos se ocultam. Placidez! E ainda temos que ouvir que “cada povo tem o governo que merece”. Placidez! Justiça plácida!

Entretanto, o 2º Turno vem acontecer dentro do signo de Escorpião. Nos próximos dias de Escorpião o que está oculto, submerso, vem à superfície para ser identificado, nominado e extirpado. Que nós, o povo, tenhamos a coragem de fazer do voto nossa “Estátua da Justiça” usando em nossa escolha uma balança bem aferida, votar com a coragem do voto independente de acordo com o que o nosso coração acredita sendo o voto nossa espada, escolhendo para o nosso futuro ordem e progresso. Que as Urnas sejam para nós a praça que Castro Alves cantou em seu verso “A praça é do povo, como o céu é o do Condor”!

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