Aquário…. em dias de carnaval

Não sei em que mês Mafalda foi criada…. mas tenho pra mim que ela é aquariana! Sua luta com o pente para fazer seus cabelos descabelados se arrumarem em um penteado tradicional a revelam. Os aquarianos sabem como é isso, pois naturalmente seus “cabelos vivem em pé” devido à eletricidade estática que tende a acumular-se nos fios. Basta uma leve brisa para fazê-los levantar e se desalinhar!

As questões existenciais de Mafalda são as mesmas vividas pelas pessoas nascidas em Aquário. Com seu laço de fita no cabelo e vestido listrado ela tem um ar comportado… aparentemente. Ela quer fazer parte do grupo, encontrar sua turma. Porém, sente-se deslocada por enxergar na sociedade a distorção dos valores que constroem uma verdadeira Humanidade. Ela angustia-se por ver a falsa moral nos caminhos determinados pela sociedade. Sempre preocupada com o mundo não aceita se calar diante da injustiça, dos padrões mentais impostos, do desrespeito, da política, da mídia elitista e da manipulação do povo. Às vezes se revolta, briga com os amigos e se zanga por ser a única a ver esta verdade. Por que ninguém mais enxerga? Ela precisa do grupo e se esforça para estar de acordo ao conjunto, mas se sente só por não ter quem a acompanhe em suas reflexões sobre a Sociedade e o Mundo. Já em 1962 (ano em que o cartunista argentino Quino publicou sua primeira tirinha), a personagem tem preocupações com o Meio Ambiente  e o futuro do planeta Terra. Mafalda tem uma visão futurista! Porém, seus conselhos e alertas caem no vazio porque os outros não percebem esta realidade que está por vir.

Em suas propostas Mafalda aponta uma nova ordem social onde o Ser Humano possa construir uma verdadeira Sociedade Humanitária. Uma nova sociedade aonde estejam presente a beneficência, a filantropia, clemência, comiseração, bondade. Mafalda acredita que com estes princípios é possível construir um novo mundo!

Quem nasce sob o signo de Aquário se assemelha a ela em suas reflexões solitárias. Todo aquariano quer encontrar o seu próprio lugar e contribuir com o coletivo de forma sincera.Vive este mesmo dilema e no seu íntimo acredita, verdadeiramente, que precisa construir um Mundo Novo aonde a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade sejam uma realidade, e não apenas um falso discurso para promover padrões e festas coletivas anestesiantes!

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