A Astrologia está viva, (Viva a Astrologia!), e nós a encontramos todos os dias, embora muitos não tenham conhecimento disto. A própria forma de medirmos o Tempo tem como base princípios astrológicos como o ciclo do Sol, da Lua e do Zodíaco.
Os primeiros calendários tem como base o ciclo da Lua: a partir da contagem de suas fases começou-se a reconhecer uma ordem natural na sequência de dias e noites. Os assírios e outros povos antigos observaram com atenção os movimentos da Lua e perceberam que o Sol e a Lua se uniam no céu (Lua Nova) a cada 29 dias e meio. Começaram então a considerar este ciclo para contabilizar o tempo, celebrando com rituais solenes as datas da entrada da Lua Nova. Muitos monumentos antigos de grande valor como Stonehenge, foram observatórios dos quais se controlavam e previam-se os movimentos da Lua.
Nos dias de hoje a presença da Lua tem a mesma importância que outrora teve para os povos antigos, já que nosso calendário é basicamente soli-lunar, isto é, o Sol rege o tempo anual e a Lua o tempo mensal. Ainda que os calendários tenham sofrido diversas transformações ao longo da História, continua vigente um calendário de 12 meses. doze é o número de vezes que o Sol e a Lua, vistos da Terra, unem-se até dar uma volta completa no Zodíaco, ou seja, o tempo da Terra fazer sua volta completa em torno do Sol. Pela sua necessidade de contar a passagem do tempo o ser humano acabou por descobrir que a própria natureza contem ciclos que ajudam nessa contagem, ou seja, o tempo está escrito na própria natureza da qual fazemos parte e a partir da qual nos orientamos. No início, as faixas do cinturão zodiacal (signos), eram consideradas “as constelações da Lua” como aparecem nas primeiras tabuletas da série babilônica “mukk Apin”. Já os árabes as denominavam “Casas da Lua”.
Foram as fases da Lua que deram origem as semanas, pois cada fase lunar tem duração de 7 dias, o que resultou um agrupamento de 7 dias ser chamado de semana. Como antigamente podiam ser vistos facilmente 7 astros no céu a olho nu (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte Júpiter e Saturno), muitos povos deram a cada dia da semana o nome de um desses astros. Assim na tabela abaixo podemos ver esta associação peça nomenclatura e também a regência planetária dos dias da semana, segundo a tradição astrológica.
Os meses também tiveram sua origem nas fases lunares. Um mês corresponde a um ciclo completo da lua – Lua Nova, Lua Crescente, Lua Cheia e Lua Minguante. Inicialmente os meses tinham 28 ou 29 dias segundo ciclo da Lua, mas isso fazia com que o ano tivesse 12,5 meses, o que dificultava um agrupamento coerente. A primeira ideia de ajustar o número de dias no mês foi dos egípcios que dividiram o ano em doze meses com 30 dias cada um, e mais cinco dias de festas da colheita para completar os 365 dias. Assim os meses deixaram de ter exatamente o número de dias das fases lunares para que o ano tivesse sempre 12 meses. O mês de fevereiro foi o único a ser preservado para coincidir com o número de dias das quatro fases lunares.
O zodíaco é verdadeiramente um calendário natural que espelha a evolução do ciclo da Natureza pelo qual o homem aprendeu a se guiar, pois as mudanças da Natureza estão em harmonia com os movimentos do Sol, da Lua e dos Planetas. A entrada das estações é marcada pelos solstícios e equinócios. A palavra Solstício deriva do latim (solstitium), cujo significado é parado, imobilizado e refere-se ao momento em que o Sol encontra-se estacionário, pois aparentemente o Sol “imobiliza” seu movimento gradual para o sentido sul e passa a dirigir-se na direção do pólo norte.
Equinócio é uma palavra que deriva do latim (quinoctium) e significa “noite igual”. Nestas datas do Solstício e Equinócio ocorre a entrada de um novo ciclo de expressão da vida através da intensidade da claridade do Sol na Terra, refletido no início das estações. No Hemisfério Sol em 21 de julho (entrada do Sol no signo de câncer) ocorre o Solstício de inverno ou a noite mais longa do ano, a partir desta data a claridade é crescente até a chegada de 21 de setembro (entrada do Sol no signo de libra), o Equinócio da primavera, quando a claridade se mantém e o dia tem a mesma duração que a noite, a partir desta data os dias se tornam mais longos até chegar 21 de dezembro (entrada do Sol em capricórnio), é o Solstício de verão ou o dia mais longo do ano, desta data em diante a claridade é decrescente e os dias se tornam mais breves até 21 de março (entrada do Sol no signo de áries), o Equinócio de outono, quando novamente a noite e o dia tem a mesma duração. Pela Astrologia Tropical, quando o Sol ingressa no signo de áries inicia-se um novo ciclo marcado pelo início do zodíaco, 0° de áries, que terá duração de 12 meses, isto é, 1 ano. Toda Lua Nova também marca o início de um n ovo ciclo que terá duração de 1 mês. Assim, a própria natureza nos que há uma ordem natural, há um tempo certo para o plantio e também para a colheita, tanto na agricultura como em nossas atitudes no mundo.