Astrologia é em sua origem, um Saber que surgiu como resposta à necessidade do Homem compreender o elo de união entre o Tempo, os ritmos da natureza e a sua própria existência. Para desenvolver este estudo que busca o reconhecimento da ordem celeste existente no Universo e sua correspondência na Terra, a Astrologia serve-se da observação do céu, do conhecimento dos movimentos do Sol, da Lua, dos Planetas e das estrelas.

A Astrologia teve sua origem na Babilônia (Mesopotâmia). A região geográfica conhecida como Crescente Fértil (por ter a forma da lua crescente) constituía-se numa região do Antigo Oriente excelente para agricultura, exatamente num local onde a maior parte das terras vizinhas era muito árida para qualquer cultivo. O Crescente Fértil começa na Costa Leste do Mar Mediterrâneo, tomando a forma de uma meia-lua, avançando na direção do Golfo Pérsico. Algumas das terras mais ricas do Crescente Fértil situavam-se na faixa estreita entre os rios Tigre e Eufrates, que os gregos chamavam “terra entre rios”, área onde se localizava a Babilônia e atualmente está o Iraque. As primeiras civilizações fundamentalmente urbanas de que temos conhecimento e registros históricos surgiram nesta região.

O Homem primitivo vivia em contato direto com a Natureza. Observando as fases da Lua, o movimento diurno do Sol e das estrelas da abóboda celeste, identificou uma ordem natural de eventos celestes. Como sua atividade era essencialmente agrícola reconheceu a importância dos Solstícios e dos Equinócios e a manifestação das 4 estações originando a criação dos calendários, utilizados para prever a seqüência das atividades anuais referentes a agricultura (tratamento da terra, semeadura, colheita). Assim, passou a se orientar seguindo esta ordem celeste refletindo-a na divisão do Tempo e na organização de suas atividades diárias.

Originalmente a importância da Astrologia era de ordem coletiva. A Astrologia babilônica não era diretamente pessoal – o rei personificava os assuntos do estado e para ele eram feitos os estudos astrológicos com enfoque coletivo. Os astrólogos previam eventos em larga escala como guerra, enchentes e pragas na agricultura.

Ao longo da sua existência a Astrologia foi aprofundando suas raízes no conhecimento de correspondência do princípio hermético “assim no alto como em baixo”. Além dos calendários, a Astrologia em sua necessidade de acompanhar os eventos celestes criou também as efemérides (tábuas de movimentos planetários) propiciando, muitos séculos depois, o surgimento da Astronomia. As mais antigas efemérides descritas que temos conhecimento datam de meados do séc. VII a. C., época do rei assírio Assurbanipal. Os caldeus, provenientes da Mesopotâmia, eram grandes observadores e matemáticos perspicazes; identificaram que os acontecimentos no céu seguiam um padrão e foram eles que traçaram as primeiras tábuas de movimentos planetários.

A palavra Horóscopo tem sua origem no Egito, onde a Astrologia era ensinada apenas nos templos. A pesquisa do destino na hora de nascimento (ou mapa astral) só se fazia para os privilegiados, reis ou sacerdotes. Os sacerdotes especialistas eram chamados horoscopoi (= os que observam a hora), eram pessoas especialmente preparadas e encarregadas de medir o Tempo. O conhecimento astrológico que herdamos “é o resultado de uma fusão entre a ciência astral oriental, a sabedoria dos templos egípcios, a astronomia da Babilônia, a matemática e a filosofia naturalista gregas.” segundo W. Knappich. Portanto, das contribuições egípcias, orientais e gregas surge a Astrologia que conhecemos hoje, muitas vezes questionada ser ou não uma ciência.

A Astrologia é um conhecimento que tem cinco mil anos de existência. Vestígios da observação da Lua teriam sido encontrados em objetos do Paleolítico e do Mesolítico europeu. O complexo de Stonehenge (2950 a.C -1600 a. C.) pode ser considerado um computador da antiguidade por medir com precisão a entrada de solstício, equinócio, eclipses e outros eventos astrológicos.

É um conhecimento antigo, que antecede a “Ciência Moderna”, e que permanece em constante evolução através de seu longo tempo de existência, mantendo-se sempre atual. Muitos temas de estudo que hoje compõe a Ciência tem suas raízes originadas na própria Astrologia como a Química, a Física e a Astronomia. Desde sua origem até o surgimento do “racionalismo” (há menos de 300 anos) a Astrologia e a Astronomia formavam um mesmo tema de estudos, pois era seu papel estabelecer ou predizer as influências das forças vitais extraterrenas. Para isto desenvolveu técnicas de observação do céu, cálculos matemáticos e a correspondência de influências de eventos celestes na Terra.

Assim, a Astrologia proporcionou também o desenvolvimento do “espírito científico” de observar a natureza buscando compreendê-la. No início da Idade Média a Astrologia possuía respeitabilidade acadêmica e era ensinada em universidades européias. A Universidade de Bolonha, onde estudaram Dante (autor da Divina Comédia) e Petrarca (intelectual e poeta, criador do soneto e pai do Humanismo), tinha uma cadeira de Astrologia desde 1125. Habilitar-se em Astrologia era um desafio tão grande quanto habilitar-se em qualquer outro ramo do saber. Fazem parte da história da Astrologia grandes personagens da história da humanidade que também eram astrólogos ou profundos estudiosos deste conhecimento como Ramsés II, Assurbanipal, Ptolomeu, Regiomontanus, São Tomás de Aquino, Copérnico, Paracelso, Nostradamus, Tycho Brahe, Francis Bacon, Johannes Kepler e Newton entre outros filósofos e pensadores.

A Astrologia é uma ciência antiga, porém extremamente atual, de ordem coletiva e também individual. Por ser um conhecimento verdadeiro, continua orientando o Homem em sua busca de compreender o sentido da Vida, a si mesmo e o seu lugar no Universo.

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